No centro de Boa Vista, capital de Roraima, existe uma estátua enorme, de um garimpeiro. Símbolo da cidade, traduz para os visitantes a riqueza desse Estado e, ao mesmo tempo, seus problemas. Ali, os conflitos entre garimpeiros, índios e os negócios agropecuários estão latentes desde há muito tempo. A capital é uma cidade quieta, quente, onde as pessoas precisam esperar o frescor da tarde para poder sair às ruas. O tempo parece parado e até mesmo distante, não fosse o som da televisão, anunciando as novidades. Boa Vista é uma cidade que vive essencialmente dos serviços públicos, nas esferas municipal, estadual e federal. A vida comercial gira em torno desse eixo e todo o restante também. No centro da cidade, num longo passeio arborizado, vão se alternando quiosques e praças esportivas. Em um desses quiosques pode-se ver um trabalho feito com o látex que chama a atenção pela riqueza de detalhes, acabamento perfeito e técnica apurada de cozimento do leite da seringueira, totalmente sem odor: uma visita à Cooperativa Crescer, projeto social de reeducação de jovens, revela todo o mistério. Ali, mais de 800 jovens se alternam em várias oficinas, quando não estão na escola. Seu então presidente, Olaessi de Souza, já foi aluno e agora é um artesão e diz que a lista de espera é enorme. Como os demais alunos, Olaessi recebeu aulas de um artesão que veio da Guiana – muito mais próxima de Roraima do que qualquer outro Estado brasileiro do
Sudeste, Nordeste ou Centro-Oeste. Esses jovens possuem uma visão bem clara de seus
problemas e da região. Prova disso, o presépio indígena, uma peça cheia de força e fé.
 
 
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