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Como a maioria dos Estados da região Norte, o Estado de Rondônia foi colonizado pelos chamados “soldados da borracha”, que ali chegaram no período áureo do ciclo da borracha. Eram bravos nordestinos que se juntaram aos ribeirinhos, formaram família e mantiveram o fluxo migratório que nos anos 1970 e 80 foi engrossado pelos “sulistas”, que trouxeram o gado e a soja em larga escala. Trouxeram também o reverso, chamado desmatamento sem nenhum controle. Na outra ponta, a mineração de cassiterita e ouro levanta questões fundiárias que se arrastam por anos e anos, sem que soluções sejam encontradas.
Também aqui a madeira é o principal material para artistas e artesãos. Por ali, rio acima, pode-se ver o efeito pororoca. A água bate com força e derruba muitas árvores. Troncos enormes de cedro-rosa são arrastados. Quem conseguir pegar, ótimo – vai ter madeira para trabalhar muito tempo. O controle da derrubada de madeiras é questão crucial e se deveria levar em conta o trabalho de dezenas de artesãos que reivindicam poder trabalhar com madeira apreendida, que se destinaria exclusivamente a trabalhos de arte, únicos e assinados. |
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