Seu nome completo é Rita Aparecida Rosendo Vieira, mas é conhecida como Cida, uma mulher batalhadora que perdeu precocemente o marido e continuou o que ele fazia para poder sustentar a família.
Cida era casada com Soço (José Cícero Vieira Peixoto), que por afinidade era parente de um filho de seu Manoel da Marinheira, escultor famoso na região com quem teve as primeiras lições de esculpir na madeira.
“Meu marido trabalhava como mecânico na Usina Triunfo (de açúcar). Ficamos um tempo em São Paulo (SP) e voltamos para Boca da Mata (AL). Soço esculpia uma maravilha e me incentivava muito. Mas eu não queria mostrar. Quando vim morar aqui, por volta de 2000, alguns meses depois Soço perdeu a vida, atropelado em Maceió. Com um filho e uma filha recém-nascida, eu tinha que me virar. Não teve jeito. Peguei a madeira, riscava com giz e cavoucava. Hoje, tenho duas pessoas que me ajudam no acabamento grosso e meu filho, com 15 anos, já está esculpindo. Ele aprendeu mais ou menos à força. A barra pesou com a morte do pai e ele tinha que ajudar. Nossa renda é só essa. Sei que as pessoas querem sempre gatos e leões. Eu faço, mas tem que ter o meu jeito. Quando meu filho estiver andando por ele mesmo, então quero fazer só o que gosto. Só aquilo que a madeira pedir para mim.” Ali na região, todos os bichos esculpidos parecem fazer parte da escola criada por Manoel da Marinheira, mas os animais de Cida têm um olhar bem próprio e o movimento de pêlos e cabelos é mais intenso, arredondados e orgânicos.
CIDA
Ampliar foto GATO
Imburana, 60 cm de altura
Ampliar foto LEÃO
Madeira, 60 cm de altura
 
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