Raimundo Pantaleão Gurjão nasceu em Macapá e conta que seu avô materno era um cearense que costumava fazer bonecos com o látex da borracha, pois veio morar na Amazônia. E esse tema é recorrente em todos os seus trabalhos. Esse professor não se encantou somente com o barro, que mistura com cimento, pó de serra e epóxi. Na verdade, transforma tudo o que encontra pelo caminho. Raízes, conchas, pigmentos naturais, pedras e o manganês, tão abundante na região. Pesquisador incansável, Raimundo Pantaleão – assim ele assina suas peças – se orgulha de morar em cima da linha do Equador, na região amazônica. E de ser um brasileiro que lá, tão distante do sul e sudeste, continua defendendo a beleza desse povo único, mestiço e forte.
Uma das boas surpresas foi saber que Pantaleão tem um trabalho todo dedicado às louceiras de Maruanum – tema de seu trabalho de conclusão do curso de Artes Plásticas. |