Não por acaso a capital do Estado do Paraná é Curitiba, que em tupi significa “araucária em abundância”, embora atualmente não se vejam muitos pinheiros desse tipo por ali. É o símbolo da cidade, mas corre o risco de existir somente em bronze, para ser colocado em praças públicas. Em terras paranaenses contava-se a história da gralha-azul (responsável por “semear” a araucária) e certamente, em outros tempos, ela podia ser observada reluzente nos pinheirais.
O progresso andou rápido nesse jovem Estado e possivelmente a pressão urbana seja muito forte, a ponto de muitas coisas contadas pelos antigos estarem quase em extinção. Alguns lugares como o litoral e pequenas vilas no noroeste guardam manifestações culturais importantes. Uma delas, a cultura caiçara, com suas festas e ritmos próprios como o fandango. Na madeira e no barro, mãos geniais talham e retalham figuras deslumbrantes, contando histórias que poucos conhecem. E o lixo, tão urbano, é capaz de fazer explodir uma arte pura, ingênua e ao mesmo tempo contestadora. Basta ver os trabalhos de Efigênia.
 
 
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