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Uma depressão profunda, ainda não totalmente curada, levou Marta Maria (Marta Maria Ferreira da Silva) a amassar o barro e, sozinha, desvendar o mundo de figuras que existe à sua volta. “Eu comecei em 2003 e meu marido (Vanderlei) me ajuda muito. Ele gosta de inventar coisas. Foi ele que fez o forno, a engenhoca para misturar o barro e é ele que me ajuda a erguer as peças grandes que quero fazer. Eu fazia as coisas que têm vontade de sair de dentro de mim e nunca vendia. Mas agora algumas pessoas me descobriram. Algumas pedem que eu faça somente assim ou assado ou imagens que vendem, como as de São Francisco. Eu faço, mas gosto das que são só minhas.”
Como muitos artistas intuitivos, Marta Maria está começando um caminho promissor não só em termos de arte, mas de liberdade e cura. Se puder se expandir como o seu ser deseja, explodirá. Se ficar ouvindo conselhos só por causa da aceitação do mercado, sua depressão poderá superar seus verdadeiros dons e talentos. “Essas coisas saem de dentro. Às vezes, nem saem muito certas, mas são de dentro de mim.” |