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Filho de G.T.O. (Geraldo Teles de Oliveira), desde muito criança Mário Teles de Oliveira observava seu pai a esculpir suas imensas e fantásticas Rodas da Vida e logo se viu como seu ajudante. Sabia que tinha um mestre cada vez mais famoso e reconhecido pelos amantes e colecionadores de arte popular.
Mário Teles nasceu em Divinópolis, em 1942, e vive na casa onde hoje funciona o Museu G.T.O.
Ali, nos fundos, ele continua seu trabalho.
“Meu pai, quando começou, era rodante (vigia) do hospital e fazia figuras em tocos de pau que achava por aí, com um canivete. Ele começou a fazer cada vez mais coisas. Ele teve um sonho, que foi um tipo de chamado para ele. Sua Roda da Vida foi ficando maior. Ele marcava, eu ajudava a vazar, mas tudo ia saindo da cabeça dele. Eu ajudando, e ele dizendo que eu tinha talento pra coisa.”
Mário foi trabalhar no Ministério da Saúde, na “borrificação da malária”, como ele costuma dizer, e ali ficou até se aposentar, em 1994. Desde então, o trabalho escultórico que era feito somente nas horas de folga passou a ter dedicação integral. Embora continuando os temas e desenhos que em tudo transpiram o universo fantástico de seu pai, com centenas de figuras humanas que se repetem e se encaixam como peças únicas do imenso quebra-cabeça que é a vida, Mário mostra uma predileção pelos temas folclóricos e musicais de Minas Gerais, circulando no mesmo universo do pai, mas fazendo questão de assinar seus trabalhos como Mário Teles, e não com iniciais.
Como costuma acontecer nas oficinas familiares, já estão esculpindo um dos netos de G.T.O., Geraldo Fernando de Oliveira, que assina seus trabalhos como G.F.O., e Milton Marcolino da Silva, casado com uma das netas de G.T.O. |