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Marcos Fernando Rodrigues da Silva considera seu primeiro entalhe como de estilo primitivo. “Foi um nordestino tirando água de um poço. Fiz para uma feira que aconteceu aqui no bairro, sobre novas alternativas.” Prova de que seu trabalho era muito bom, logo foi convidado por Mestre Cornélio para trabalhar ajudando-o.
“Fiquei lá uns três ou quatro meses e depois resolvi andar com as minhas próprias pernas.” Em pouco tempo, já começou a ser chamado de Mestre Paquinha.
“Gosto dos temas regionais. Dizem que faço oratórios, mas não são oratórios. São múltiplos.”
O seu primeiro múltiplo não achou comprador na hora. “As lojas queriam que eu deixasse em consignação, porque não era oratório. Aí, num desses locais, chegou um turista alemão e levou na hora o meu múltiplo. Então as pessoas começaram a aceitar. Precisou alguém de fora chegar e dizer que era bom.” |