Lumildes de Oliveira Abreu nasceu em Pirenópolis e ali sempre viveu. “Toda a minha família é daqui, desde 1800. Por isso, desde criança já vivenciava as festas folclóricas todas e desde que me entendo por gente fazia coisas. Amassava barro, pintava, costurava roupas e por fim, há 22 anos, comecei a me dedicar inteiramente a criar ornamentos e estandartes para a festa das Cavalhadas e do Divino, aqui em Pirenópolis.”
Ela explica que as figuras vão surgindo sempre com base nas histórias já existentes. “Por exemplo, esse Divino chamamos de Corpo de Cristo porque é bordado à mão, no estilo das capas dos cavaleiros. O chitão é usado porque os mascarados se vestem com esse tecido. O vermelho com flores douradas tem a ver com os mouros. A festa do Divino tem a ver com a festa da colheita e por isso também usamos sementes e folhas do cerrado e pintamos com terra do barranco, e assim vai.”
Quem ajuda Lumildes é Marta Elisa de Oliveira Lobo, que monta bonecos e outros personagens, usando materiais descartados. “Uma solução que une o útil ao agradável e deixa a gente muito feliz, principalmente porque isso que era lixo está embelezando as nossas festas.” |
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DIVINO
Papel, tecido, fitas e bordado.
Cerca de 20 cm de diâmetro |