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Morando na mesma Vila Jaiara fundada pelo pai, Antenor Silva, e vizinho de seu irmão Aparício, Krishnamurti Silva também começou a esculpir madeira olhando o pai trabalhar. Há mais de 30 anos desenvolvendo esculturas, principalmente de santos, ele pode ser considerado um exemplo do artesão que deu certo. Suas obras podem ser admiradas em galerias e lojas de arte na cidade, no País e no exterior.
A primeira peça que fez foi um busto de Cristo. Depois veio uma Nossa Senhora das Graças estilizada e hoje são quase 80 modelos diferentes que esculpe com a ajuda de alguns aprendizes. Para as peças menores, prefere a madeira imburana. “Vem do Nordeste, onde fica no chão e não é aproveitada. Essa é a melhor, já vem bem seca.”
Krishnamurti está trabalhando também formas mais abstratas de escultura, que seguem em certa medida o estilo longilíneo de seu trabalho. “Acho que essa é uma marca minha. Tem muita gente fazendo parecido, mas só parecido, nunca igual.” |