Jovino Almeida da Gama nasceu em 1952, na cidade de Palma (MG), e conta que aprendeu com o pai a trabalhar rápido na madeira. “Vinha para a praça com meu pai e era muito diferente, havia muita discussão sobre preços e assim o movimento foi ganhando vida. Hoje, acredito que falta uma política cultural que valorize de verdade o artista e o ajude. Falta comunicação, o dinheiro manda em tudo e fica difícil. Sabe por que o Embu se chama Embu das Artes? Porque essa fama foi garantida por artistas como meu pai. Foram eles que começaram essa feira e hoje em dia as pessoas nem sabem que eles existiram. E nem vão saber que nós existimos.”
Como muitos artistas brasileiros, J. Gama do Embu – como é conhecido – não esconde o desapontamento pela falta de apoio e pelas dificuldades que tem que enfrentar para sobreviver só da arte. Trabalhou dez anos como segurança e hoje garante parte de seu sustento na construção civil. Ele lembra que, quando começaram, a cidade era totalmente rural. “A praça não tinha calçamento, e cavalos ficavam amarrados por ali, esperando por seus donos. Vinha muito turista aqui e compravam muito. Hoje está muito diferente e o movimento mais fraco, com muita miudeza.”

Valdevino Sabino da Gama – Mestre Gama –, mineiro de Morro Alto, acabou vindo morar no Embu por obra do destino e por precisão, como diria se ainda fosse vivo. Era lavrador e a única arte que conhecia de cor e salteado era a dança do Mineiro-Pau, um misto de capoeira e congada, na qual os dançarinos empunham varas de madeira simulando um combate. É preciso muita destreza e atenção. Onde houvesse festa e fosse chamado, ele vinha com seu grupo para se apresentar. Resumindo a história: Mestre Gama veio para São Paulo e acabou ficando no Embu. Seu trabalho em defesa das manifestações folclóricas e populares foi importantíssimo. Junto com nomes como Solano Trindade, Assis, Sakai, Vicente, Agenor e tantos outros, foi responsável por transformar a pequena cidade em um pólo artístico reconhecido internacionalmente. Mestre Gama começou a esculpir por acaso e ensinou seus filhos Jovino, Sabino e Gaminha. Todos os domingos eles estão a postos, na mesma praça onde cresceram, mostrando seus trabalhos.
J. GAMA DO EMBU
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GRÁVIDA
Cerejeira, 30 cm de altura.
J. Gama do Embu
NAMORADOS
Cerejeira, 40 cm de altura.
J. Gama do Embu
SÃO FRANCISCO
Madeira encerada, 80 cm de altura.
J. Gama do Embu
 
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