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Desde pequeno, José Veríssimo gostava muito de desenhar. Depois conheceu o barro e fazia com ele tudo o que vinha à sua cabeça. Nascido em Ipapá, Garanhuns, em 1953, Veríssimo, como é conhecido, trabalhou no Recife (PE), onde conheceu um rapaz que trabalhava no torno e foi aprendendo. Voltou para Garanhuns, comprou um lugar para morar e continuou a trabalhar com o barro. “A vida nunca é muito fácil, mas ainda bem que aqui temos a Casa da Cidadania, que é um lugar para a gente colocar o nosso trabalho.” Veríssimo vendeu até picolé para que as coisas se ajeitassem.
“Mas eu tinha que ficar no barro. Sempre trabalhei a partir dos
ex-votos e fui criando uma coisa minha. Umas bonecas, uns bustos, que coloco a expressão na hora. Cada cabeça sai de um jeito porque a gente também é cada um de um jeito.”
As figuras de Veríssimo possuem grande força nos rostos. O corpo pode parecer rígido, mas a expressão facial parece dotá-los de vida própria. Espanto, dor, alegria, reflexão. Tudo o que a vida exige. |