Ele já foi motorista de ônibus, cabeleireiro, mecânico, até que um dia foi trabalhar em uma oficina de movelaria. Nessa época, laqueava os móveis, pois assim ditava a moda. Depois, começou a entalhar a madeira, a esculpir.
Assim foi a trajetória de J. Alcântara (José Moura Alcântara), que desde pequeno gostava muito de desenhar e fez até um curso de desenho arquitetônico por correspondência. “Foi bom, me ajudou com as escalas.”
J. Alcântara foi um dos pioneiros na escultura de animais. “Eu comecei a esculpir em tamanho bem pequeno, mas hoje faço quase tudo em tamanho natural. Comecei fazendo onça e até hoje ela garante o meu sustento.” Certa vez, viu uma onça esculpida por um artista de Rondônia. “Eu sabia que minha onça era mais bonita, mas a dele tinha bigodes! Coloquei alguns na minha, mas o fio de náilon enrolou. Então fui buscar pêlo de felino mesmo, no Zôo. Foi o maior sucesso. Vou sempre lá e fico observando. O artista tem que ser muito observador e querer aprender sempre.”
J. Alcântara conta que assistiu ao parto de uma onça no Zôo, mas, quando ela sentiu que ele estava por perto, pegou o filhote na boca e saiu. Ele registrou tudo e até hoje esculpe essa imagem. Quantas onças ele esculpiu até agora? Nunca contou. E emenda: “Faço muita onça porque tem quem compre e paga bem. Faço também os outros bichos. Mas, se eu pudesse, esculpia somente mulheres nuas, índias lindas”. J. Alcântara nasceu em 1946, em Careiro(AM).

J. ALCÂNTARA
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ONÇA CARREGANDO O FILHOTE
Trabalho em andamento, madeira guariúba
CERVO
Mogno, 1,90 m de altura
 
Manaus
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