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Para cada peça que Hélio Leites faz existe por trás uma história. Impossível passar sem olhar a sua barraca na feira de artesanato, aos domingos, em Curitiba. Você olha para uma de suas caixinhas e ele já solta uma história.
Na verdade, José Hélio Silveira Leite (diz que o “s” em seu sobrenome foi o “s” mais caro da história, graças aos conselhos de um numerologista) nasceu na Lapa (PR), em 1951 e foi o feliz caso de um economista que não deu certo. “Minha vida é mais feliz agora que faço minhas caixinhas de fósforos, que cuido da Assintão (Associação Internacional de Colecionadores de Botão e dos Kinderovistas).”
Perspicaz, com um humor ferino e elegante, Hélio transforma tudo aquilo em que põe as mãos. Como o mais pop dos populares artistas quase mambembes que se apresentam ainda nas praças, ele vai mostrando o segredo de suas caixas ou de suas instalações.
Hélio tem uma coleção de aventais e bonés que fazem parte do seu cenário para contar histórias para o público, principalmente crianças. “Acho que a gente não escolhe o que fazer. As coisas escolhem a gente. Acho que é a ânsia que as pessoas têm de se comunicar. E, nisso, temos que aproveitar e fazer o que a indústria não faz. Eu faço meus inutensílios, na verdade inutencélios, porque eu me chamo Hélio.” |