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A vida do professor José de Alencar mudou a partir do dia em que foi demitido da Escola de Primeiro Grau Fortunato Correia, em São Luís. Contrariado, saiu da escola e no meio da rua chutou uma caixa. Ela estava cheia de tampinhas de garrafa.
“Eu estava tão bravo, que nem sei o que aconteceu. Peguei as tampinhas, trouxe para casa e com elas fiz uma tartaruga enorme.
As tampinhas enfeitavam o casco da tartaruga. A partir desse momento descobri que era capaz de fazer coisas, de criar figuras, de construir o que eu imaginasse. Pode ser grande ou pode ser miniatura. Eu gosto muito. Foi como descobrir que sabia fazer essa arte que agora é valorizada porque é reciclagem. Hoje, tento viver só desse trabalho porque é isso que eu gosto de fazer.”
Quando é mês de comemoração, ele sempre cria alguma coisa para enfeitar a fachada de sua casa. Tudo com material que ele cata pelas ruas. Por exemplo, Copa do Mundo, Carnaval ou o Bumba-Meu-Boi. |