Joaquim Guedes da Cunha Rego chegou a ser nacionalmente conhecido como Mestre Vavau, mas sua vida foi sempre difícil. Brincante dos folguedos da Paraíba, tornou-se mestre mamulengueiro. Fazia seus bonecos e inventava as histórias para cada um dos seus personagens – quase sempre envolvendo o dono da fazenda e sua filha, um vaqueiro, um padre, um soldado, bichos de assombrações e assim por diante.
Depois da morte de Mestre Vavau, o Centro de Cultura Popular da Paraíba, no bairro dos Novais, tenta resgatar sua história e para tanto chamou o filho de Mestre Vavau, Edvaldo do Nascimento da Cunha. Em 1986, aos 2 anos de idade, ele acompanhava o pai e se deliciava com as histórias que ouvia. Aos 14 anos, em Lucena (PB), fez sua primeira apresentação, porque o pai estava doente. “Hoje, faz três anos que meu pai morreu e resolvi retomar os bonecos mantendo o apelido dele, Vavau.” Desempregado, vive só das apresentações, que não são muitas. “Meu pai fazia 68 vozes diferentes. Eu já faço muitas e vou chegar lá. A gente tem que fazer bonecos novos. Às vezes, ponho neles nome de alguém da platéia, que é para zoar e o povo dar mais risada. As coisas estão mais difíceis porque tem a televisão e a criançada não sai mais pra rua. No tempo do meu pai, ele brincava na porta das bodegas e no final fazia o vaqueiro Benedito ir pra cadeia. Depois dizia que o soldado cobrava R$ 30,00 para soltar o Benedito. Então a gente passava o chapéu, levantava a grana, soltava o Benedito e a história seguia adiante.”
VAVAU
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BENEDITO
Mamulengo.
Madeira pintada e tecidos,
30 cm de altura
A MORTE
Mamulengo.
Madeira pintada e tecidos,
30 cm de altura
CLEUSA
Mamulengo.
Madeira pintada e tecidos,
25 cm de altura

 
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