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Nas mãos de João Olíbio da Silva, a palha e a fibra da bananeira fazem as vezes de tintas e pincéis. Seus quadros retratam a Florianópolis de hoje e de ontem. Muitas cenas vêm como lembranças e outras rememoradas em detalhes a partir de fotos que ganha ou fotos publicadas em revistas e jornais.
“Acontece que eu trabalhava de servente de pedreiro. Onde eu morava tinha muita bananeira. Eu nunca tinha pensado que dava para fazer coisas com elas. Um dia, vi um chapéu trançado com a palha da bananeira. Olhei aquilo e fiquei pensando. Se dava para fazer chapéu, dava para fazer outras coisas. Foi assim que começou.”
Seus quadros realmente superam em muito a riqueza e a beleza das muitas luminárias, caixas e outros objetos “mais vendáveis” que João Olíbio faz com a ajuda do genro, que percorre eventos e feiras garantindo dessa forma o sustento de toda a família.
Outra peça com muitos detalhes são suas igrejas. Quando se iluminam, transformam-se. O casamento sendo ali realizado, as novenas ou os bancos com fiéis sentados ganham vida como num passe de mágica.
João Olíbio nasceu no município de Palhoça (SC), em 1941. |