Os sonhos apontaram o caminho para João Gregório da Rocha, sertanejo nascido em Santa Cruz de Inharé (RN), em 1945. “Nunca tive estudo e meu mundo sempre foi a roça, de machado e faca na mão. Mas um dia sonhei que vim para Natal, trabalhar como carpinteiro. Vim mesmo para cá lá pelos anos de 1970. Trabalhei em um pouco de tudo. Eu tinha pedido a Deus que me mostrasse um trabalho diferente, para eu não ter mais que ficar correndo mundo. Então sonhei que estava sentado, fazendo uma corrente de madeira, com um coração em cada ponta. Era uma coisa só. Logo de manhã fui tentar, mas não deu pra entrar na cabeça. À noite, quando voltava do trabalho – e a noite é bem comprida –, ficava tentando. Peguei um pedaço de madeira e consegui fazer uma corrente de 1,20 metro. Eu tinha o maior ciúme dessa corrente, mas minha mulher deu de presente. Então fui fazendo outras e hoje assino tudo como Gregório.
Um sábado, fui para a porta de um escritório e de repente vendi tudo. Fazia a ordenha, que era o que sabia fazer na roça. Fazia o carro de pipa, que era assim que se carregava água na roça. Fui fazendo e fui vendendo. Um trabalho muito melhor, como eu havia pedido a Deus. Nunca tive nada riscado nem medido. É tudo na imaginação. Pego a madeira e vou fazendo.”

GREGÓRIO
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LAPINHA
Imburana, 20 cm de altura.
Acervo Galeria Solar das Artes (Natal, RN)
CASAL DE CANGACEIROS
Imburana, 80 cm de altura.
Acervo Galeria Solar das Artes (Natal, RN)
 
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