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Conhecido pelo nome de Guará, Jaime Ferreira P. Sobrinho começou a aprender o ofício de tipógrafo aos 11 anos. Desde então, a oficina de tipografia faz parte de sua vida. Mesmo tendo nascido em Uberlândia (MG), considera-se um goiano autêntico, pois chegou ali aos 8 meses de idade.
Não diferente da sua geração, durante os anos 1970 e 80 andou por vários Estados brasileiros e até pela Argentina e o artesanato foi seu meio de sobrevivência. “Até hoje, insisto nisso. Sempre fui contra posturas que não acreditam que o artesanato seja cultura. Ainda não tenho casa própria, mas crio meus filhos com meu trabalho na tipografia (onde faz xilogravura) e no entalhe. Faço permutas e consigo pagar a universidade ou o dentista.” Seus entalhes nos lápis são muito apreciados e sua temática é sempre regional. Guará reclama que hoje o pinus não é tão bom e faz com que o entalhe seja muito demorado. “A conseqüência é que o preço fica mais alto e nem sempre as pessoas querem pagar.” |