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Jaime Braz Macedo é um paraibano de fala forte, que sabe o que quer e se orgulha de ter sido um autêntico candango. “Vim em 1958 para ajudar a construir Brasília e fiquei. Em 1961, cheguei a Goiás e trabalhei em muita coisa. Quando comecei a esculpir, trabalhava no frete. Em 1996, o trabalho estava fraco e assisti a um programa na TV sobre Januária (MG) e as carrancas que o povo fazia por lá.
Então comecei a esculpir por minha conta e risco. Acho que é um
dom de nascença. Eu tinha uma tia muito velha e que já morreu que fazia potes.”
Hoje, aos 68 anos, Jaime Braz Macedo tem uma mercearia e, ao lado, uma garagem onde guarda suas artes e recordações. Continua a esculpir em barro, que vem de Santa Bárbara (GO), a 60 quilômetros de Goiânia, e queima em forno a lenha. Já esculpiu em madeira e pedra. “O barro parece melhor e meus netos gostam muito. Quem sabe, algum deles pega gosto por isso.” |