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Etelvina Rosa dos Santos nasceu em Lajes (SC) e veio para Florianópolis depois de casada. O marido era oleiro e trabalhou na Escola de Oleiros de São José. Seus dois filhos são hoje professores na mesma escola.
“A arte de modelar não dá futuro. Hoje a gente não consegue sobreviver só da cerâmica, a venda é pouca e os turistas nem sempre compram. Comecei a modelar só eu e Deus. Antigamente, as mulheres não podiam ir para o torno porque usavam saia. Então, elas modelavam, eram figureiras. Aqui nesta região tem muito oleiro e a maioria das mulheres são figureiras. Acho que as nossas raízes estão aqui, mas, se não houver ajuda, vão acabar.”
Etelvina luta com dificuldades. Mas como ela mesma diz, sempre fizeram isso. São oleiros e figureiros. Hoje, aos 70 anos de idade, para completar o orçamento, Etelvina ministra aulas e oficinas em organismos culturais do governo ou de entidades privadas. “Mas isso só acontece em épocas de temporada. Depois, acaba tudo.” |