Na entrada da oficina de seu Espedito Seleiro (Espedito Veloso de Carvalho), em Nova Olinda, tem uma máquina de costura. “Era do meu avô e esteve sempre aqui, costurando as roupas para os vaqueiros, as selas, tudo do bom e mais bonito. Acho que ela veio de muito longe.
Meu avô já era seleiro, meu pai também e eu aprendi com eles.
Eu nasci aqui perto, no município de Campos Sales (CE), em 1939.
A vida era sofrida, nunca foi fácil, mas a gente sempre viveu do couro. Eu tenho seis filhos e todo mundo trabalha aqui, porque aqui mesmo não tem muito emprego.”
Seu Espedito tem mais ou menos oito
aprendizes, adolescentes cujos pais pedem para ele ensinar o ofício, “porque viviam por aí, sem ocupação”.
“Na verdade, hoje em dia ninguém mais quer sela. O vaqueiro quer uma moto. Então ninguém quer chapéu, gibão. O verdadeiro vaqueiro é pouco.”
Seus motivos coloridos, quase armoriais, têm uma razão de ser. “Meu pai fazia as sandálias e roupas pro Lampião e Maria Bonita. Lampião foi o primeiro estilista do Brasil, desenhava os bordados e meu pai fazia.
Eu continuo fazendo. Lampião era muito inteligente. Hoje, a gente faz sandálias, bolsas, carteiras e de vez em quando alguém pede uma sela, um gibão, ou uma luva de laçar boi. Coisa boa de fazer. Pena que agora não se tem mais tempo para essas coisas.”
ESPEDITO SELEIRO
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DETALHES DE TRABALHO EM COURO
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Couro, montagem manual

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