Cheia de energia, Domingas Leonor da Silva é figura carimbada na comunidade. Cuiabana “chapa e cruz”, como costuma se apresentar, veio de uma família ribeirinha, descendente de uma avó índia. Hoje, além de cerâmica, é defensora feroz das manifestações culturais locais como as danças do siriri, cururu, rasqueado e do boi-da-serra, que entra na roda do siriri para espantar os maus espíritos. Ela toca, canta, compõe e dança. Faz repente e diz que dá a alma e a vida por esse trabalho, o barro, as danças, a música – “que precisa ser levado para todas as crianças. Não tenho estudo, mas vejo que um povo sem cultura e sem história não existe”. |