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Divino Alves Faleiros nasceu em Uruana (GO), em 1958. Sua família trabalhava na lavoura e em 1968 vão para Brasília (DF). “Viemos para tentar estudar e eu acabei ficando por aqui. Trabalhei na construção civil e quando não tinha emprego me virava. Fazia quadros trançando barbantes. Um dia, seu Aires perguntou se eu queria aprender a trabalhar com buriti. Foi assim que comecei, olhando ele. Era uma coisa boa, porque precisava só de uma faquinha. Mais tarde, conheci o sr. Quinca e achei muito lindo o totem que ele fazia. Copiei um, mas não ficou igual.”
A partir de 1985, Divino pegou firme nos talos de buriti. “Mas foi um período ruim, quase desanimei.” Só voltou a trabalhar com esse material em 1999, depois de ter arranjado um emprego público. “Agora eu não trabalho mais com o buriti para me entreter. Trabalho porque preciso e minha mulher e filha me ajudam pintando o que faço. Eu tento desenvolver outras coisas como relógio de parede e agora estou tentando fazer um papagaio. Mas o que sai mesmo são os totens, que ficam diferentes dos totens do seu Quinca. Meu chapéu é diferente e o rosto é mais quadrado.” |