Em 1860, em Florianópolis, os Andrade construíram um grande solar que ainda hoje está bem cuidado. A propriedade foi dividida entre os muitos herdeiros, mas a casa onde Cláudio Agenor de Andrade reside é um edifício tombado pelo patrimônio histórico estadual e isso faz toda a diferença. O mais importante é que Cláudio foi encontrando troncos e raízes dentro da chácara e, a partir deles, surgiam bichos. “Inconscientemente. Eu gostava de fazer isso. Um dia, o Janga, dono da Casa Açoriana, viu e gostou. Me estimulou muito e eu fui fazendo. A madeira foi escasseando e eu comecei a trabalhar com barro. Eu faço minhas figuras e imagens de santos, porque vivemos dentro desse mundo das novenas, dos cortejos do Divino, das farinhadas no engenho de cangalha (puxado a bois), de cantorias e fandangos. Eu pegava blocos inteiros de barro e esculpia como se fosse madeira. Eu não sabia modelar o barro. Mas é assim que a gente aprende.”
Uma das histórias mais comoventes que conta é a da imagem que fez para a capela de Santo Antônio. “O padre aprovou, o Departamento do Patrimônio Histórico também aprovou, mas as beatas, não. Não permitiram que a imagem fosse levada para lá. Então, como o meu Santo Antônio seria rejeitado, melhor ficar onde todos pudessem vê-lo. Está lá na Casa Açoriana, embora pertença à Igreja.” A imagem impressiona, e os visitantes se revezam tentando uma foto ao lado dela como que pedindo um milagre.
CLÁUDIO AGENOR DE
ANDRADE
Ampliar foto SANTA ISABEL
Barro, 40 cm de altura
Ampliar foto SANTO ANTÔNIO
Barro, 80 cm de altura.
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