O apelido de Safia ela ganhou quando criança. “Tinha sempre muita gente reclamando para meu pai. S’a fia fez isso, s’a fia fez aquilo. Todos reclamavam de ‘sua filha’ ao meu pai.” Celestina Teixeira Siqueira conta essa história e dá muita risada, não escondendo
aos 78 anos o brilho e energia da menina sapeca que ainda guarda dentro de si.
“O pessoal costuma dizer que o trem quando nasce capeta é desde bem pequenino. Eu, criança, fazia todo tipo de trem e vendia para as outras crianças. Nem sei se é disso que os pais reclamavam. Mas eu comia melancia, pegava a casca e fazia figuras de gente e de bicho com uma faquinha, para brincar. Com massa de biscoito, fazia bonequinhas. Um dia vinha na garupa do cavalo do meu pai e vi um galho. Pedi para ele cortar para mim. E disse: esse é o meu galo.
Aos 10 anos, vi uma pessoa derreter estanho. Fiz o mesmo e fiz um cachorrinho para mim. Minha mãe fazia panelas de barro e eu fazia menininho, mocinha dançando.
Aí vinha gente de fora que via meus trens lá e vinha me procurar. Assim fui fazendo as coisas. Tem um moço lá em Brasília que coleciona tudo o que faço.”
A grande maioria de suas peças é esculpida em barro e a queima é de baixa temperatura. Algumas ela pinta, outras deixa em barro cru. Mas esculpia ou modelava peças nos mais diversos materiais. Seu talento se expressa em uma simplicidade majestosa, em expressões vivas como a de seu próprio rosto e nas lembranças de quem soube viver uma infância feliz, apesar das dificuldades.
SAFIA
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CABEÇA
Barro cru, 20 cm de altura.
Coleção particular

MOÇA
Argila policromada,
40 cm de altura.
Acervo da autora

MÃE E FILHO
Terracota, 30 cm de altura
 
Goiânia
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