Antônio Pereira dos Santos é conhecido como Antônio Passarinheiro e não tem muita certeza da data de seu nascimento. “Eu sou de Papanduva, Santa Catarina. Vim pequeno para cá e, como meu pai, trabalhava na lavoura. Quando tirei meus documentos em Curitiba, dei uma data e ficou marcado que nasci em 1942. Outra vez eu voltei para tirar os documentos do meu pai e também demos uma data qualquer. Nascer, a gente já tinha nascido, era só para poder ter documentos.”
O pai de Antônio Passarinheiro trabalhava com barro nas horas de folga e também com madeira. Quando em Curitiba (PR), Antônio trabalhou como carpinteiro, marceneiro, relojoeiro e em uma banca de frutas. Ali, enquanto o tempo passava, ele fazia esculturas com as madeiras que achava por perto. “Eu fui fazendo, fui ampliando. A gente que trabalha nessa arte vai ganhando espaço, vai criando. Eu comecei só fazendo passarinhos. Eram pequenos, mais fáceis e foi tendo aceitação. Eu aprendi sozinho e isso foi um dom que Deus me deu.”
Há 17 anos morando em Bocaiúva do Sul, Antônio Passarinheiro agora vive só de sua arte. “Faço também portas trabalhadas, brasões para as famílias daqui. Minha filha me ajuda a pintar essas peças. E quando a coisa é muito grande, como placas entalhadas de mais de três metros, tenho três peões que me ajudam. Eu gosto mesmo é de fazer meus visionários, peças com mais de uma cabeça ou peça que só saiu da minha cabeça, porque no mundo não tem.”
ANTÔNIO PASSARINHEIRO
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VISIONÁRIO
Madeira policromada, 40 cm de altura.
Coleção particular
VISIONÁRIO
Madeira policromada, 80 cm de altura.
Coleção particular
CORUJA
Madeira policromada,
50 cm de altura
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PÁSSAROS
Madeira policromada, alturas variadas
 
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