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Anésio Chaves nasceu em Caçapava (SP), em 1944. Cresceu na roça e depois que completou o primário veio para Taubaté. Ali trabalhou 16 anos como padeiro e depois em fábrica. Finalmente se aposentou e se encantou com o barro.
Para ele, conviver com figureiros e figureiras não era novidade, pois casou com Ismênia Aparecida dos Santos, descendente de figureiras lendárias como Idalina e Anástácia.
Como via Ismênia modelar o barro, Anésio também começou a fazer suas peças na Casa do Figureiro de Taubaté. “Lá tem forno. Só que não fazia figuras como as dela. Fazia o que via por aí e o que vinha na cabeça. Fazia as histórias daqui, do lobisomem.
Fazia os bichos e os índios.” Hoje, recuperando-se de uma cirurgia do coração, Anésio espera poder voltar logo a amassar o barro. Suas figuras surpreendem pela espontaneidade e pela expressão e por não seguir as formas e temas consagrados pelas figureiras da rua Imaculada Conceição.
Já Ismênia segue fielmente a tradição, trabalhando os temas regionais. “Temos que preservar nossa história porque temos raízes aqui. Os mais jovens não querem aprender. Eles têm pressa e só querem que o dinheiro chegue rápido. Na verdade, esta é uma tradição que passa de família para família e temos que sentir orgulho desse trabalho.”
Ismênia nasceu em Taubaté, na rua Imaculada Conceição, em 1950. |