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Nascido em 1954, em Goiânia, Américo Batista Souza Neto trabalhava como chapa de caminhão quando o pai, Antônio Poteiro, chamou-o para trabalhar junto com ele. Tinha 21 anos e logo fez um boneco de barro. Tentou vender para o pai, que não aceitou. “Eu demorei tanto tempo para chegar a fazer algo pelo qual ganhasse dinheiro e esse menino quer logo de cara já ganhar alguma coisa!”, relembra Souza Neto, como assina seu trabalho. Conta a lenda que ele continuou fazendo e nunca mais tentou vender para o pai. Não precisou.
O trabalho de organizador e agente do pai continua, ao mesmo tempo em que vai desenvolvendo sua carreira-solo. Suas esculturas são fortes e seus temas são folclóricos, religiosos e profanos. “Acredito que o trabalho do meu pai é mais barroco. Tenho um estilo próprio. Gosto de fazer pessoas, sou mais expressionista, mais surrealista.”
Na casa onde vive a família, Souza Neto construiu um presente para a cidade, que ainda não se deu totalmente conta disso. No muro interno da casa, painéis imensos que levaram um ano para ficar prontos e através dos portões podem-se observar várias esculturas expostas na frente da casa e painéis sobre as paredes internas. Os temas não poderiam ser mais belos e brasileiros. Mulheres, peixes, tartarugas, pássaros e tudo o mais que a natureza nos ofertou. Como a enorme sucuri que serpenteia pelo muro externo e que exigiu um ano e três meses de trabalho. |