Ambrósio Córdula nasceu perto de Acari em 1958 e ali cresceu. Desde cedo, aprendeu a trabalhar com couro, metal e madeira. Em Currais Novos (RN), aprendeu entalhe em madeira. “Eu ficava vendo a dona Luzia Dantas e me encantava. Então resolvi que iria buscar algo por mim mesmo, queria o meu espaço. Descobri a imburana. Era o que eu queria. A região do Seridó tem muita religiosidade e isso estava em mim. Decidi ir morar em Natal (RN), para fazer santos. Mas não tinha nada a ver.
Eu fazia era muita restauração. Comecei a fazer algumas imagens e trabalhava com móveis feitos de mogno. Então fiz uma promessa, que se eu conseguisse viver só de arte, nunca mais pegava em um móvel de mogno. Aconteceu então que eu caí da bicicleta e quebrei a mão. Desde esse dia fiquei só na arte. Em Acari, eu tenho meu lugar. Tento resgatar o que faziam os santeiros de antigamente. Dizem que eles tinham muito mais técnica, eram mestres e tinham aprendizes. Aqui eu trabalho hoje e ensino três pessoas que me ajudam.”