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Alcebíades Sabino da Gama, conhecido como Gaminha, nasceu em 1958 em Lajes do Murié (MG), e chegou ao Embu com 3 anos de idade. “Já fui porteiro e inspetor de escola, vigia noturno, prensista, motorista e a arte sempre esteve me arrodeando. É muito difícil, porque tem época que a gente não ganha nem para comer. Faço entalhes, placas e o São Francisco, que sempre tem saída. Aqui, houve um tempo em que a gente tirava dez salários por mês vendendo nossa arte. Depois tudo mudou. Aqui havia muitas exposições de arte, vinham muitos turistas e colecionadores. Acho que eles pararam de vir porque sempre encontram a mesma coisa.” Hoje, Gaminha já conta com a ajuda de seus três filhos, inclusive para perpetuar a dança do Mineiro-Pau. “Mas a coisa não está fácil. Estou pensando em virar vendedor ambulante de verduras e frutas porque comer, todo mundo precisa. Arte virou um luxo e a gente não pode ficar sentado, esperando. Enquanto isso, nas horas vagas volto para minhas esculturas.” |