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Como todos os Estados nordestinos, Alagoas encanta qualquer pessoa com o azul do seu céu, do seu mar e de suas lagoas, com a transparência de suas areias, rendas e com seus coqueirais. Mas esse cenário muda rapidamente em seu interior. A vida sofrida, mas cheia de graça, parece manter as pessoas em algum tipo de encantamento. O progresso chega trazendo a luz, a televisão e o telefone, mas não apaga as lembranças e histórias que falam dos folguedos e dos tempos em que por ali passaram Lampião e seu bando e o Padre Cícero, que lhe consagrou a patente de capitão.
O alagoano do interior se orgulha muito de suas raízes mestiças e dos saberes aprendidos na luta para sobreviver ao inóspito, seja ele a paisagem ou o homem. Nas cidades, apesar da forte pressão trazida com o turismo e com padrões globalizados que querem massificar tudo, os temas regionais resistem bravamente porque são fonte de renda para muitas famílias que dependem da fabricação de todo tipo de suvenir. Felizmente, as vivências, sentimentos e as mãos ágeis de seus artistas locais são os guardiões da identidade alagoana e trazem histórias e testemunhos de vida deslumbrantes e memoráveis. |
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