Não fosse a insistência do filho Mateus, que trabalhava furando sementes, Adelson Gerônimo Gama nunca teria começado a trabalhar nesse ramo e, muito menos, na criação e montagem de acessórios feitos com materiais orgânicos da região.
“Para mim, essas coisas eram trabalho de hippies, metidos com drogas, nunca poderia pensar que seria a melhor forma de sobrevivência para toda a família. Eu estava em uma situação que não podia ficar escolhendo serviço e por isso meti a cara e vi que meu filho tinha razão. Dava para trabalhar e bem.”
Hoje, a esposa, Débora, e a filha Samia ajudam em todos os processos. Mas Adelson percebeu que poderia desenhar e inventar peças à vontade, um talento que hoje não o surpreende mais.
Além da imensidão de sementes existentes na floresta, ele usa chifres de búfalos da vizinha Marajó, madeira dos costados das palmeiras, fibras vegetais como o buriti e a piaçava. O tratamento das sementes foi conseguido com a colaboração da Embrapa/Pará e possuem certificação fitossanitária. Seu trabalho tem recebido elogios merecidos no País e de turistas de todo o mundo que por ali aportam em busca de peças exclusivas e originais. |