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Se dependesse do pai (Jorge Alves Siqueira), ele deveria se chamar Zeus. Mas acabou se chamando Abraão Siqueira. Nascido em 1988, no bairro de Pedra Branca, desde muito cedo ficava em volta do pai, vendo-o trabalhar.
Aos 6 anos de idade, começou a ajudar e logo depois a amassar o barro.
“Barro, porque é mais fácil. Eu ainda estou aprendendo. Faço primeiro no barro para depois passar para a madeira. Acho que vou continuar com essa arte, mas sei que preciso estudar, coisa que meu pai não pôde fazer. Já tenho encomendas e já recebo um dinheirinho pelo meu trabalho. Ainda não sei no que vai dar, mas gosto muito de fazer isso.”
Seguro até demais para os seus 17 anos, Abraão mostra suas imagens e querubins, que transmitem muita paz e os traços parecem surgir soltos e naturalmente. A possível comparação com os traços do pai, Zeus, é mais do que natural. Esta continua sendo sua escola e a maturidade irá lhe mostrar caminhos próprios. É esperar para ver. |